Patos - PB 4 de dezembro de 2024

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Entidades avançam na luta para reconhecimento do risco da atividade de OJ’s para fins de aposentadoria especial

 

A regulamentação da aposentadoria especial dos servidores públicos que desempenham atividades prejudiciais à saúde e de risco e dos segurados do RGPS, que abrangem as atividades insalubres e perigosas, dentre elas as dos Oficiais de Justiça, pautou reunião na tarde de ontem entre entidades representativas da categoria em nível nacional e o secretário de regime próprio e complementar do Ministério de Previdência, Paulo Roberto dos Santos Pinto.

 

Paulo disse entender ser um pedido correto, justo e legítimo, mas que diante do regramento constitucional que a Pasta tem, é um debate que precisa ser feito dentro do Congresso Nacional, na PEC 23, que conforme evolua, a conquista pode ser feita, mas que nenhuma é fácil. “É um trabalho árduo que vocês vão ter de convencimento aos parlamentares para que seja aprovado e consigam esse direito legítimo”, concluiu.

 

O vice-presidente legislativo da Afojebra e presidente do Sindojus-PB, Joselito Bandeira, reputou o encontro bastante proveitoso, pois conseguiram sensibilizar – através do Ministério da Previdência – o governo federal, no sentido de não criar óbice quanto a aprovação tanto da PEC 23/2023, como de Projetos de Lei Complementares que tramitam na Câmara Federal e regulamentam a atividade como de risco.

 

“Inclusive referenciamos uma PEC estadual aprovada pela Assembleia Legislativa do Acre, que reconheceu isso naquele estado, bem como jurisprudência firmada por vários Tribunais Regionais Federais quanto ao direito ao porte de arma para a categoria devido à natureza da atividade, legitimada por decisões do Conselho da Justiça Federal, Conselho Nacional de Justiça, Instrução Normativa da Polícia Federal, Lei que instituiu a Força Nacional de Segurança”, destacou Joselito.

 

Para Gerardo Alves, que representa a Unojus e a Fesojus, a reunião foi muito positiva, pois o secretário reconheceu claramente o risco da atividade dos Oficiais de Justiça, quando ao ouvir relatos de violência por eles sofridos, disse não ser nem necessário falar muito, por ser sabedor dessa condição.

 

E também ao lembrar a referida PEC, de autoria do deputado federal André Figueiredo, que prevê a inserção da categoria na Constituição Federal, no sentido de que essa atividade de risco seja reconhecida para fins previdenciários, ou seja, para que seus integrantes tenham uma aposentadoria diferenciada.

 

Bandeira de luta

 

“O secretário entende que isso se dê, através de PEC’s e é nesse sentido que vimos e continuaremos trabalhando, como bandeira de luta absolutamente prioritária para todas as nossas entidades, inclusive apresentaremos Nota Técnica com mais esclarecimentos por ele pedida”, concluiu.

 

Outra não foi a avaliação da presidente da Fenassojaf Mariana Líria, pelo fato de o encontro ter oportunizado a apresentação de elementos contidos em alguns Projetos de Lei que tramitam no Congresso Nacional, como prejuízos à saúde e insalubridade, que justificam a concessão desse direito.

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