Patos - PB 21 de novembro de 2024

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Plataforma Continental da Paraíba apresenta possibilidades econômicas para a exploração de recursos minerais marinhos em águas rasas

Localização da Bacia da Paraíba no Nordeste brasileiro, entre Recife e o município de Marcação na Paraíba.(Fonte: modificado de Mabesoone e Alheiros, 1988).

 

A partir de um estudo que faz parte do Programa Oceanos, Zona Costeira e Antártica, promovido pelo Ministério da Defesa, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) compartilha os destaques da pesquisa “Potencialidade dos Granulados Marinhos da Plataforma Continental Rasa da Paraíba”, disponível aqui.

O objetivo é impulsionar o avanço científico e tecnológico, garantir a preservação da biodiversidade marinha, promover o uso responsável dos recursos naturais, administrar eficientemente os espaços costeiros e marinhos e proteger os interesses nacionais nos oceanos e na Antártica.

A iniciativa foca na coleta de dados e informações da Plataforma Continental Jurídica Brasileira, com limite de trinta metros de profundidade. Esse limite específico foi escolhido devido à viabilidade de exploração econômica dos recursos minerais marinhos em águas pouco profundas, aproveitando as tecnologias de extração já disponíveis.

O projeto visa ainda ampliar o conhecimento geológico e avaliar o potencial mineral da plataforma continental, englobando estudos geológicos e geofísicos. A finalidade é identificar áreas de interesse geoeconômico e preparar análises de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a região.

Os estudos incluem análises das características físicas do fundo do mar, identificando áreas que podem ter minerais valiosos e avaliando se é possível e seguro extrair esses recursos sem prejudicar o meio ambiente. Durante o levantamento em campo, foram coletadas e analisadas 830 amostras ao longo da costa do estado, com especial atenção aos granulados marinhos.

Com base nessas análises, foram feitos mapas detalhados, que mostram como é o fundo do mar nessas áreas e quais tipos de sedimentos, rochas, recifes e outros materiais estão presentes, além de quanto carbonato cálcio esses materiais apresentam. Os resultados mostram que o leito marinho da plataforma paraibana é recoberto por minerais ricos em carbonato de cálcio, que é importante para várias indústrias, como a da construção e a agrícola, porque pode ser usado para a produção de cimento, fertilizantes e outros produtos úteis.

O projeto contou com a colaboração técnica do Laboratório de Geologia Marinha e Aplicada (LGMA) da Universidade Federal do Ceará (UFC). O estudo abrangeu a área da plataforma continental da Paraíba, estendendo-se entre os limites dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Esse esforço colaborativo contribui significativamente para o entendimento dos recursos minerais disponíveis na Plataforma Continental Rasa da Paraíba, oferecendo dados para o correto planejamento espacial marinho.

Projeto Plataforma Rasa Brasil

O Projeto Plataforma Rasa do Brasil é um trabalho que foca em estudar a parte mais rasa do fundo do mar, perto da costa brasileira, até 30 metros de profundidade. O objetivo é coletar e compartilhar informações sobre as rochas e o sedimento dessas áreas, principalmente para entender e caracterizar o ambiente físico e geológico e determinar quais minerais podem ser encontrados no local.

A ideia é auxiliar os atores envolvidos na gestão do ambiente marinho, como governos, empresas, cientistas e grupos da sociedade, fornecendo dados sobre os recursos minerais, sempre levando em consideração as preocupações relacionadas aos impactos ambientais decorrentes de eventuais atividades de mineração marinha.

O estado da Paraíba

O estado da Paraíba apresenta uma economia voltada para agricultura (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, mandioca, milho e feijão), indústria de transformação (bebidas, alimentos, têxtil, sucroalcooleira e minerais não metálicos), construção civil, pecuária (sobressaindo a criação de ovinos e caprinos) e no turismo.

Portanto, o estudo de mercado estadual deve focar, prioritariamente, as mesorregiões: Agreste paraibano, que tem Campina Grande como principal polo de desenvolvimento, e a Zona da Mata paraibana, centrada em João Pessoa, capital do estado.

Núcleo de Comunicação

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