Logo na entrada do Hospital do Bem – unidade da rede estadual de saúde especializada em Oncologia, no Sertão, que integra o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), em Patos, há um sino pendurado na parede da recepção. E o equipamento não está lá por acaso, nem sem função. Ele é tocado por cada paciente que recebe a notícia de que a saúde venceu a doença. E nessa quinta-feira (11), o som do sino ecoou no ambiente mais uma vez e, desta vez, por causa da remissão completa da doença da Sra. Arlinda Pereira da Silva. A boa notícia foi dada durante a consulta com o oncologista Silas Negrão, que comunicou à paciente que não havia mais sinais de células cancerígenas em seu organismo.
“Não vou dizer que foi fácil enfrentar essa doença, passar por cirurgia e pelo tratamento. No começo fiquei muito desanimada, pensei que não haveria jeito, mas coloquei na mão de Deus e dos médicos. Quando meu cabelo caiu, não tinha certeza se nasceria de novo, mas nem demorou e começou a crescer o cabelo, fui me animando e hoje estou curada”, disse a Sra. Arlinda.
Moradora da zona rural de Santana dos Garrotes, do Sítio Maracujá de Baixo, a agricultora, desde 2019, se tratava no Hospital do Bem. Ela descobriu a doença após sofrer com hemorragias recorrentes. “Fui ao médico, ele pediu exames e identificou a doença. Pouco tempo depois eu fiz a histerectomia total e, logo em seguida, comecei o tratamento no Hospital do Bem, local que tão bem me atendeu, que tem uma equipe maravilhosa e é muito organizado. A eles, e a Deus eu devo minha cura”, afirmou ela.
E, nestes cinco anos, a Sra. Arlinda teve 21 consultas oncológicas no Hospital do Bem e realizou quatro ciclos de quimioterapia na unidade, cada ciclo com cinco sessões, totalizando 20 sessões. Disciplinada, ela sempre seguiu as orientações médicas da oncologista Nayarah Xavier, que a acompanhou em todo o ciclo de tratamento. E coube ao também oncologista Silas Negrão, que substituiu a médica no serviço, dar alta a paciente. “Foi com muita felicidade que demos alta à Sra. Arlinda, uma guerreira, que conseguiu vencer todas as adversidades do tratamento, seguindo com muita disciplina todas as orientações médicas e realizando todos os exames solicitados. Eu a acompanhei nos últimos dias e pude dar essa notícia tão boa da alta depois dos resultados de exames que revelaram que não há mais nada no sentido oncológico no organismo dela”, disse o médico, lembrando que a médica Nayarah teve grande e importante participação na cura desta paciente.
Ainda segundo o médico, o caso da Sra. Arlinda ilustra a importância da detecção e tratamento precoce da doença. “A neoplasia que acometeu a Sra. Arlinda era um tumor que poderia ser agressivo, mas como o diagnóstico foi feito no estágio inicial da doença e o tratamento também foi extremamente adequado e realizado no início do processo, daí as chances de cura se ampliaram, tanto que ela teve alta com um desfecho feliz que foi a manutenção da saúde dela. Em tratamento oncológico, tempo é igual à vida e a gente não pode perder tempo”, reiterou o oncologista Silas Negrão.
Hospital do Bem – Nos cinco primeiro anos de atividades da unidade oncológica do sertão, foram realizados 55.383 atendimentos ambulatoriais, 22.140 sessões de quimioterapia, 4.234 cirurgias e .4.947 internações. Neste período, o hospital também realizou 712 punções de mama, 515 biópsias de mama, 505 biópsias prostática, 1.270 biópsias de pele, 73 biópsias de ovário e 270 biopsias de colo uterino.
Vale salientar que o hospital não parou suas atividades no período da pandemia. Em setembro próximo, o Hospital do Bem completa seis anos de atividades, com a oferta de exames especializados, cirurgias, quimioterapia e consultas ambulatoriais, tornando-se um hospital referência 100% SUS. Em breve, a unidade ofertará também radioterapia, com a aquisição de um acelerador linear (já licitado) e o equipamento de braquiterapia.
Assessoria