Patos - PB 16 de março de 2025

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Continua a aumentar número de divórcios no Brasil; especialistas apontam terapia em casal como estratégia para o problema

Manter um casamento pode ser encarado como um desafio para diferentes pessoas — segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há uma tendência de crescimento, ao longo dos últimos anos, o número de divórcios registrados no país atingiu um recorde em 2022, naquele ano, foram contabilizados 420 mil processos de separação — o maior total desde 2007 (quando a entidade deu início aos levantamentos sobre o tema), representando uma alta de 8,6% em relação aos 386 mil divórcios observados em 2021. Para falar sobre esse tema foram consultadas as psicólogas Cláudia Regina de Freitas e Maíra Nascimento que apontam como uma das soluções para manter o matrimonio as terapias de casais.

Além do aumento no número de divórcios, os dados divulgados pelo IBGE indicam uma redução na duração média dos casamentos no Brasil: esse índice, que era de cerca de 16 anos, em 2010, chegou a 13,8 anos, em 2022. Nas cinco regiões do país, as médias variavam entre 15 e 17,1 anos, em 2010, e passaram a oscilar de 12,7 a 15,3 anos, em 2022.

Para Cláudia, as terapias em conjunto são uma estratégia recomendada por especialistas para lidar com essa situação. “A terapia de casal é uma modalidade clínica que tem o objetivo de contribuir para resolução de problemas e alinhamento de expectativas por meio da comunicação assertiva. O profissional tem como tarefa identificar padrões comportamentais que possam ser o gatilho de situações desagradáveis e propor reflexões sobre essas questões; pois os relacionamentos se fortalecem quando são mais transparentes e quando as partes envolvidas podem se compreender efetivamente”, disse.

“A maioria das sessões são realizadas em conjunto, pois a terapia familiar (especialmente a sistêmica) entende que os problemas e conflitos têm uma casualidade múltipla e circular, de modo que os indivíduos se afetam, se organizam e crescem mutualmente”, comentou Cláudia. Também podem ocorrer alguns encontros individuais para abordar temas que podem ser considerados constrangedores ou muito particulares na presença do outro parceiro.

Ainda segundo a psicóloga o tratamento é possível em três níveis: a prevenção primária, quando os dois não enfrentam nenhum desconforto, mas gostariam de se conhecer melhor; a prevenção secundária, quando há algum ruído não identificado na interação entre os casados; e a prevenção terciária, quando existe um desafio instalado e explícito para ser resolvido.

Assim também pensa a psicóloga Maíra Nascimento, onde destaca que alguns fatores contribuem para o distanciamento dos casais.  “A questão do stress do cotidiano, a divisão de tarefas dentro de casa, os filhos que necessitam de mais atenção, principalmente os que estão em idade escolar, tudo isso tem gerado o distanciamento desses casais”, destacou Maíra.

Apesar disso, a psicóloga destaca que o diálogo pode ajudar a enfrentar os problemas advindos desse convívio na pandemia. “É importante que a gente possa dialogar com o nosso parceiro, que os casais possam conversar entre si de uma maneira empática. O diálogo é um dos melhores caminhos para poder alinhar e ambos se colocarem de uma forma que os dois possam entrar em equilíbrio. Se ficar difícil, existem aí terapeutas de casal, ou que atendem pessoas individualmente. Então se ficar muito difícil conversar, é preciso buscar ajuda profissional”, finalizou.

 

PB Agora

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