Patos - PB 13 de julho de 2025

Publicidade

Paraíba é 4º estado do Brasil com maior redução no número médio de filhos, aponta Censo do IBGE de 2022

A Paraíba registrou a quarta maior redução do número médio de filhos por mulher entre 2010 e 2022, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no levantamento preliminar “Censo Demográfico 2022: Fecundidade e Migração”. O Estado passou de uma média de 3,8 filhos por mulher com idade entre 50 e 59 anos em 2010 para 2,4 em 2022 — queda de 36,1%, atrás apenas da Bahia, Piauí e Tocantins.

A Taxa de Fecundidade Total (TFT) da Paraíba ficou em 1,61 filhos por mulher, abaixo do nível de reposição populacional (2,1) e pouco acima da média nordestina (1,60) e nacional (1,55). O índice coloca a Paraíba como o 12º menor entre os estados brasileiros.

Outro dado relevante mostra que as mulheres paraibanas estão postergando a maternidade. A idade média da fecundidade subiu de 26,4 anos, em 2010, para 27,7 anos em 2022, acompanhando a tendência nacional. O Distrito Federal apresentou a maior idade média (29,3 anos) e o Pará, a menor (26,8 anos). A média da Paraíba é igual à nordestina e inferior à brasileira (28,1 anos).

Entre os fatores que influenciam esse adiamento estão o aumento da escolaridade, a maior presença feminina no mercado de trabalho e o acesso a métodos contraceptivos. O reflexo dessa mudança também aparece no percentual de mulheres que encerraram o período fértil sem ter filhos: em 2022, 15,4% das paraibanas entre 50 e 59 anos não tiveram filhos nascidos vivos — índice acima do registrado em 2010 (12%) e semelhante ao do Nordeste (15,6%).

Apesar da queda na fecundidade, o Norte e o Nordeste continuam com os maiores números médios de filhos por mulher. Amapá e Acre lideram com 3,2 filhos por mulher. No outro extremo, o Rio de Janeiro apresentou a menor média (1,8). Com 2,4 filhos por mulher, a Paraíba ficou na 14ª posição nacional.

Mudanças por cor/raça e escolaridade

O levantamento também apontou diferenças no comportamento reprodutivo conforme a cor/raça e o nível de instrução das mulheres. As mulheres brancas da Paraíba tiveram o maior aumento na idade média da fecundidade: de 26,7 anos para 29 anos (aumento de 2,3 anos). Já as mulheres pretas tiveram o menor crescimento: de 26,4 para 26,8 anos.

Por nível educacional, a tendência de fecundidade mais tardia se manteve em quase todas as faixas. As mulheres com ensino médio completo até superior incompleto registraram a maior elevação na idade média (de 27,4 para 28,6 anos). Entre aquelas com ensino superior completo, no entanto, houve queda surpreendente: de 31 anos para 27,3 anos, o que contrariou o padrão observado em 2010.

Esses dados mostram que a fecundidade na Paraíba segue a tendência nacional de queda e postergação da maternidade, influenciada por fatores sociais, culturais e econômicos, além de refletirem profundas transformações no papel da mulher na sociedade.

Compartile:

Tags:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

[the_ad_group id="46"]
Patos Metropole
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.